(Kirill, Patriarca da Igreja Ortodoxa Russa, Putin e Medvedev.)
No último dia 20, a Lituânia divulgou alguns arquivos da antiga KGB (o país ficou sob domínio soviético de 1944 a 1991) que mostram o vínculo da instituição com o Patriarcado de Moscou. Atualmente, há membros da alta hierarquia da Igreja Ortodoxa Russa que estiveram (ou estão) envolvidos com o serviço secreto russo, hoje chamado FSB, entre eles o Metropolita Alexandr de Riga, líder da Igreja Ortodoxa Lituana vinculada a Moscou.
Paul Goble afirma que na era Putin a penetração do serviço secreto na Igreja Russa aumentou com o objetivo, comenta, de utilizar as propriedades eclesiais para encobrir seus negócios. A igreja também é uma das bases ideológicas do governo, que se coloca como defensor dos valores tradicionais e do cristianismo, buscando expandir sua influência fora da Rússia.
Há de se considerar que a divulgação do arquivo veio justamente no período de tensão entre Moscou, Kiev e Constantinopla em torno da formação de uma nova Igreja Ortodoxa Ucraniana, atingindo a imagem da Igreja Russa e, portanto, ajudando na sua desmoralização entre os fiéis ortodoxos. Dado o histórico de oposição que a Lituânia faz à Rússia, a abertura dos arquivos neste momento não parece uma coincidência.
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